Não concordo com o pobre ditado "A gente só da valor quando perde".
Até que ao chegar notei que faltava algo. Notei que uma das bolsas não estava por perto. Questionei por meio de descrição se alguém a tinha visto. Nada. Por estar eufórica com a presença de meu bem querer, a mente só fora registrar o que tinha dentro do embrulho de plástico no finalzinho da noite junina.Uma dor de cabeça que me assolava desceu ladeira e se instalou no coração que deu a pulsar na velocidade da luz e intensidade dos dias de sol. Precisei por a mão no peito, baixar as palpebras, acreditar que era mentira e eu logo estaria com o par de calçados nos pés.
Subi com uma dificuldade alguns degraus para encontrar a minha genitora e contar lhe o fato. Nada rendia um consolo. Nenhuma palavra. A noite se tornará inútil, mascarada. E eu? Mal humorada.
A chateação se tornou maior, proporcional a um rinoceronte, e logo dei-me conta que o "meu" par de botas era novo, curitibano, um presente meu, um presente que cabe em um álbum de fotografias, cabe na alegria das companhias e em momentos que não serão revividos.
Sucumbi. Fiquei frágil, no entanto, a necessidade de mostrar um sorriso deu as cartas. Tirei do episódio um aprendizado ímpar: é preciso usar e abusar do que temos, do que somos, numa espécie de última oportunidade.
Subi com uma dificuldade alguns degraus para encontrar a minha genitora e contar lhe o fato. Nada rendia um consolo. Nenhuma palavra. A noite se tornará inútil, mascarada. E eu? Mal humorada.
A chateação se tornou maior, proporcional a um rinoceronte, e logo dei-me conta que o "meu" par de botas era novo, curitibano, um presente meu, um presente que cabe em um álbum de fotografias, cabe na alegria das companhias e em momentos que não serão revividos.
Sucumbi. Fiquei frágil, no entanto, a necessidade de mostrar um sorriso deu as cartas. Tirei do episódio um aprendizado ímpar: é preciso usar e abusar do que temos, do que somos, numa espécie de última oportunidade.
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