Ela e a Gramática

sexta-feira, 30 de maio de 2014
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Porque tem dias que só queremos compartilhar uma gargalhada gostosa e alta.
Pensando assim, não é justo ficar apenas no desejo (risos).
Trago para vocês um adendo à publicação Síndrome do Bípede Analfabeto, texto que ainda hoje rende aos meus leitores comentários e inusitadas e cínicas historinhas.

A publicação extra dessa semana é contribuição de um ledor que, a qualquer momento, intitularei assistente de criação, devido a sua valiosa participação na escolha dos meus temas.

Ah! Não posso deixar de opinar!

Para algumas pessoas, conhecedoras do português (até mesmo o mais básico), é constrangedor ouvir ou ler algo que fuja completamente da ideia original de uso e escrita da palavra. Não que seja imperdoável, tão pouco uma chave para condenação com pena de morte. A questão é bem outra. Quando essa criatura que denomino ‘conhecedora do português’ é uma Lulu apaixonada... Mas não surda e/ou cega...

Ai filho, já visualizou neh?

Acabam-se o amor e a fofice em dois segundos.

Atestem o que digo com os próprios olhos.






Homem Varal

quarta-feira, 28 de maio de 2014
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Hoje o texto é light e bastante próximo do tema recém-discutido em uma das minhas últimas publicações, o Padronagem.
 
A proposta é alertar as garotas, minhas Lulus, sobre os grandalhões sem conteúdo. É! E o espaço que escolhi para usar como laboratório foi? Rá rá! Chutem!
 
Frequentadora de academia e praticante de musculação semanalmente, comprei a ideia e, de soslaio, tomei a anotar. Nada de especial se não fosse à observação cotidiana de que precisam treinar o cérebro. As conversas não ultrapassam o mesmo repertório: refeições/suplementos; meninas/caças e... Shows/festinhas.
 
Isso é até consertável, se não fosse o posicionamento arrogante. Trabalhar e potencializar os recursos neurais é até moleza (me corrijam os especialistas), mas dissolver falta de educação está mais difícil que manter um quadro de políticos honestos no congresso nacional.

Músculos por si só até enchem os olhos, mas não o coração e toda uma vida.
 
Então que tal uma campanha?
Já tenho até slogan: Não tem conteúdo? Tem desprezo!

Oh! Do jeito que vai em breve estarão competindo com as meninas troféus. Sabem neh? Aquelas lindas, curvilíneas que não podem abrir a boca e devem ser apresentadas como a própria denominação sugere: troféus.

Assim os cuecas entrarão para o rol de peças em exposição. Seria assim... Varais e mais varais por todas as janelas, quintais, dependências (não é chique falar cozinha rs). Ai olharemos, admiraremos e depois voltaremos o foco para o que realmente interessa. Os homens de carne, osso, tutano e barriguinha nem mais nem menos, no ponto.

Delírio ou não, seríamos bem menos covardes com os homens 'normais', já que como nós, mulheres 'de verdade', abraçamos 'zilhões' de atribuições e lutamos para cumpri-las. Algo que podemos discutir em um outro momento/texto.

Sejamos francas. Tem homem mais atraente que aquele que desenrola um papo agradável, inteligente? Tem! Sei que tem! E sei que vocês me darão uma resposta esculachada. Mas que conquista. Ah! Conquista! E por favor, meus meninos, se forem tomar como dica essa leitura não esqueçam de treinar o nosso bom e bonito português para não cometer as mesmas atrocidades citadas na publicação Síndrome do Bípede Analfabeto.



 
 

Padronagem

terça-feira, 13 de maio de 2014
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Quando se está solteiro é provável que se olhe para muitos lados e não existe problema quanto a isso. Se não temos alguém para admirar, porque não aproveitar aquele tempinho para observar quem corta nosso caminho?

Entre uma conferida, um comentário e uma passeada por gente que conhecemos e ambientes que frequentamos, assumimos um papel avaliativo bastante condenatório. Somos capazes de julgar o outro por inúmeros fatores e produzir análises frias daquilo que os olhos captaram em frações de segundos.

O ser humano se coloca em condições nada favoráveis ao outro quando se quer atingir um perfil pré-estabelecido. E essa busca por alguém com características definidas é tão 'natural' que passamos despercebidos pela agressão que aplicamos ao outro ao dispor de uma lista de particularidades e predicados. Como se essa catalogação nivelasse algum grau de excelência a ser atingido por aquele que venha a preencher nossas entranhas amorosas.

E exemplifico isso numa facilidade aterrorizante. Circulo entre amigas tradicionais que pretendem vivenciar todo o ritual de um casório até aquelas alternativas, que nem se imaginam mães. E daí? Consigo visualizar claramente o comportamento arraigado, sustentado por convenções sociais nada promissoras. Sou do contra? Até pode ser. Mas tenho argumentos que costumam ser levados em consideração por quem inicialmente não concorda comigo.

Apontando esse ou aquele 'defeito', o time rosa sempre chega aos seguintes pontos: o físico e/ou o bolso.

Incrível como tudo parece girar em torno do visual e do aspecto financeiro e facilmente deixar todas as outras questões de lado, ignorando aquilo que, se dada à oportunidade de conhecer, nos servirá muito mais.

Numa dessas falações toda, foi apontada a possibilidade de uma das amigas, que compõem um grupo de cinco, se relacionar com um figura conhecido por apenas duas delas. A reprovação e as defesas contra o rapaz foram as mais discriminatórias que se podem imaginar.

Aquelas que não o conheciam verbalizaram que ele a pediria em casamento após o primeiro beijo, que o moço jamais encontraria uma mulher (do porte dela) que permitisse abertura... Que seria motivo de canonização o ato de dar uma oportunidade ao mesmo... E tantas outras colocações preenchidas de juízo antecipado. De deprimir.

Estarrecida e não convencida pelo discurso calei. Dei conta do tom das brincadeiras de péssimo gosto e da afiada repulsa a ideia do rapaz de se tornar namoradinho da nossa companheira. E só pude constatar isso por ser uma das criaturas que o conhecem de fato. Foi constrangedor. Difamatório. Não que eu nunca tenha sido discriminatória. Não. Não preciso informar da minha acidez barata quando tiro alguém para Cristo sendo crucificado. Menos ainda afirmar sobre a minha ávida forma de criticar aquilo que tem propensão de ser melhorado sem muito esforço. Mas partir, sem prévio conhecimento a julgamentos... Não é do meu feitio. Não condiz com minha conduta.

Quis dizer as opositoras à relação fora dos moldes sociais, que talvez o motivo pelo qual, todas, todas estavam soltas pelo mundo (sem nem um sapato cansado para calçar, inclusive eu), podia ser essa ‘coisa’ de buscar no outro aquilo que vem sendo posto como padrão. Talvez nem tenhamos nos dado conta que estamos contaminadas por conceito prontos, receitinhas e fórmulas de perfeição.

Por acaso, em minha leitura semanal, Ivan Martins (um dos meus colunistas pre-fe-li-dos rs) me surpreende, como tantas outras vezes. Sustenta meus argumentos, de forma semelhante, com propriedade e autenticidade. Só acrescentando e pondo ainda mais tempero à discussão. É como se ele dissesse a mim que não estou a defender uma ideia desfalecida e absurda. Dei pulos de satisfação.

Assim, sugiro que façam essa deliciosa leitura e apreciem as linhas do Ivan, intituladas de Fora da Caixa. Garanto que gostará!