Em recentes episódios notei o descontrole opinativo alheio. Dá para listar algumas falas e situações cotidianas (ora pessoais noutras com terceiros) sem a mínima dificuldade. Entre, 'o seu aspecto não anda dos melhores', 'você não deve gostar de gordinha', 'melhora o cabelo', 'muda de profissão', 'deixa de ser gabola', 'escolhe melhor as companhias' e 'não conta tua história financeira', ficaria umas dez publicações a elencar o amontado de opiniões.
Dessa tomada de percepções 'dos apontadores mestres', chego a concluir que muito do tempo desses observadores tem se aplicado a analisar o outro e pouco a cuidar da própria existência.
Vamos distinguir, diferenciar o direito de pensar do direito de expressar?
Você pode sim, deve, formular/construir um olhar que corre por avaliações, comoções, críticas... Julgamentos (no pior sentido da palavra). Você pode, ai, dentro da sua caixola, bolar os mais insanos e inapropriados pensamentos à favor ou contra essa ou aquela figura. É possível! Não visualizo problema. Agora... Abrir a boca para verbalizar sobre aquilo que não foi questionado... É por a cabeça de forma espontânea na guilhotina à espera da pesada lâmina, pagar para ouvir o comentário reprovador e afiado do alvo do comentário.
É evidente que o mundo necessita de mentes pensantes, de seres com capacidade em captar e processar aquilo que o cerca. É valioso está entre esses seres dotados de senso. É isso e aquilo. É lindo! Só não é o que deve ser propagado sem ter sido solicitado.
Aos navegantes desinformados: Guardem suas opinadas na estante de casa, quando o desejo de convoca-las surgi e se apresentar conveniente, saibam, de certo e garantia, que o grito dos interessados será bem alto e oportunamente os mesmos irão ao encontro daqueles que considerar relevantes.
Lembre-se, que muito se tem por trás daquilo que se vê. Palavras são sementes, podem germinar o que se tem de melhor, ao contrário, fomentarão perigosos sentimentos.
Pela atenção, obrigado (rindo rios - sempre quis dizer isso).
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