Bolsa de Valores

domingo, 16 de maio de 2010

Ê título bonito.
Gente entendo pouco de economia, de números. É um pouco mesmo. Até tive interesse um dia de aprender sobre, embora acredito com muita seriedade que um professor (de nome e modo de andar feios) que tive na universidade fez o favor de criar um trauma. Esse trauma foi resultado da forma técnica e da pouca paciência de expor o que era a ciência da economia. Quantos aos números nunca fui das contas. Sempre optei pela junção das letras.
Antes de começar de fato a falar sobre o conteúdo do post, resolvi averiguar o que é a tal da bolsa de valores.
Eis que para o portal do investidor, as bolsas de valores são instituições administradores de mercado. São também entendidas como "centros de negociação de valores mobiliários que utilizam sistemas eletrônicos de negociação para efetuar compras e vendas desses valores.".
Com essa definição acima dá até para fazer uma metáfora com a minha bolsa de valores.
Poderia intitular até como "Bolsa de Valores Feminina", e pensando melhor entendi que seria injusta com os meus colegas do sexo masculino, que carregam também as suas pesadas bolsas de valores.
Sexta a noite ( end of the day), rumei para casa e o meu nariz que havia respirado todo o ar frio da sala que trabalho resolveu que ficar corrizando era o melhor programa para iniciar o final de semana. Nariz escorrendo e a cabeça, com inveja de fazer bagunça, deu sinal de vida e começou a latejar. Nada de sair do casebre. Mudanças de planos e a saída: recepcionar companhias no meu esconderijo.
Escolhas feitas, recepção à atrasados e com perdões.
O pior da noite nem tinha ocorrido.
O registro foi "não estou disposto". Foi esse entulho que entrou na minha bolsa de valores, pela maior abertura e juntou-se a outras milhões de afirmações, interjeições, mentiras e vergonhas.
Engoli sem engolir. Alguém compreende?
Tentei negociar, propor alternativas. Cheguei ao cúmulo de financiar. E para quem conhece a minha realidade, condições minímas são as minhas para qualquer espécie de acordo financeiro.
Engasguei. Um engasgo que está me custando um silencio imperador e pensativo. Um engasgo que nem se quer tenho vontade de desafazer. Isso porque já cessaram as forças para quaisquer tipo de desengasgo. Eu simplesmente preferir jogar a maldita frase negativa e seu adjetivo, caracterizando um estado, no fundo da minha bolsa.
É nesse abismo que pretendo deixar essa construção frasal. Essa e tantas outras que chegarem, afogarei nas lágrimas que também guardo dentro da bolsa.
No entanto. Como um amigo meu diria (Alano Sena Gomes) "Um dia a casa cai". E quando cai, vai ser feio encontrar tijolos e cimento jogados ao chão, como se nada houvesse valor.
E ninguém entenda como ameça. A casa aqui, é uma bolsa que será aberta e que farei questão de jogar todas as tralhas inúteis que me permito andar de um lado para o outro. É sempre bom e aconselhável esvaziar.
Até lá, vou amontoando os sentimentos felizes, prósperos e de bom acabamento na mesma bolsa. Embora em um compartimento reservado. Que é aberto e apresentado aqueles que merecem.

Ah. Não poderiam esquecer da metáfora. Aqui as compras e vendas são respectivamente os aceites e deletes do que a minha mente capta.

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