Quatro sisos x Um sorriso (Parte 1)

domingo, 7 de novembro de 2010

Tudo passa a acontecer depois que recebi um cartão de visita com os seguintes dados:
Dr.Edmundo Marques. Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais e Implantes. CRO/SE 1225. Rua Construtor João Alves, 75 - Bairro São José...
Sinceramante? Quando li "cirurgia e traumatologia" já não fiquei feliz. E um tal de "buco-maxilo-faciais"? Esse chegou a deixar minha garganta seca. Nem vou comentar sobre a palavra"implantes".
Volto ao tempo para dar sentido ao que pretendo narrar.
...
Tudo teve início com a volta dos tártaros. Chatos e insistentes. E lá vai eu visitar a Dra.Letícia-Maria. Algumas cáries para reavivar minha memória, pois não devo ingerir tantas guloseimas (eu=rainha do brigadeiro!) e a notícia que deveria extrair um lindo dentinho.
Quem foi que disse que gostei da novidade? Sai do consultório calada. Digamos chateada.
Alguns meses para tratar do que era necessário e uma radiografia para quadriplicar o meu medinho. Seriam quatro. Nenhum dente do juízo restaria.

Uma indicação: Dra Acácia Leite, que com dores fortes no braço direito, logo informou que não poderia resolver o meu problema. Entra aqui o cartãozinho do Dr.Edumundo Marques.
...
Eis que respiro fundo e ligo para a atendente do Sr.Edmundo.
De começo se a especialidade dele me assombrou, o nome me remeteu a alguém de seus 50 ou 60 anos. Naquela tarde eu já tava tão sem jogo de cintura para a tal cirurgia que o nome daquele dentista parecia não me ajudar.

Indo para casa os meus pensamentos eram os mais engraçados e estranhos: Que nome mais feio. Essa criatura vai extrair quatro dentes meu e poderia ter, no minímo, um nome bonitinho. Acho que não vou me dar bem. Nome de gente mal humorada. E se ele for assustador? Impaciente? Calado? Alguém me salve desse pesadelo! (muitos - milhares de risos)

Marcado o dia para consulta (29 de outubro - às 17h) e chego ao Instituto Saint Germain parecendo que vou ser condenada por um crime e devo pagar com a extração dos meus dentes (ê mulher exagerada!).

Alguns minutinhos depois. E pronto. Sou recebida por uma senhorinha doce, a Érica. Mais um pouco e abre-se a porta da sala do então dentista. Que estava lá: risonho e falante.

Em nada aquela criatura parecia com o que descrevi acima. Eu falei em nada.

A falatrona aqui tava era com medo (rs). Nervosa. Toda sem jeito. Sem acreditar que aquela seria a pessoa que iria, popularmente falando, "dar cabo", dos dentinhos intrometidos.

O Edmundo, como poucos profissionais, que eu (Andreza Mota) conheço, possui conhecimento e carisma notórios que tranquilizam qualquer paciente. Eu afirmo que depois da nossa conversa, fiz questão de contar para todo mundo que iria fazer uma cirurgia, só para ouvir comentários do tipo: _ Tu é corajosa.

Eu bem que sou corajosa, embora nesse caso, tive explicações pontuais de como seria todo o procedimento, das recomendação para pós-operatório e até as implicações que poderia gera se permanecesse com a "turma do juízo" na minha boca. Até pude cantarolar depois de tantos esclarecimentos... "faça um pedido, jogue uma moeda na fonte comigo...dias de ter medo... já tem demais por ai...".

Vamos agora para o dia 05 de novembro, às 14h. Com a cara pálida, no entanto, disposta, fui acompanha da minha mãezona/enfermeira, Maria Neide e do meu amigo guti-guti, Lucas Araújo. Charme demais ser companhada por dois xuxuzinhos.

A famosa anestesia, me gerou a sensação "bochechas de Kiko". E olhe, vou logo compartilhando com os medrosos: Anestesia deve ser entendida como algo inibidor da dor e ao meu ver é uma coisa bacana (alguém aqui gosta de sentir dor?).

Dr. Edmundo não poderia ter feito outra coisa mais eficaz do que me manter informada (jornalista até nesses momentos) de tudo que estava acontecendo: _ Olha, agora você irá sentir uma pressão. Isso é real. Você não perdeu o tato.

Com essas e outras falas eu imaginei como estava sendo a cirurgia (claro que sem sangue - rs).

Logo o primeiro dente estava passeando em um papel alumínio (eu acredito que era isso) sobre um paninho verde, ao meu lado direito, porque em cima de mim estava outro, tão igual quanto intocável. Segundo o Edmundo, eu poderia me contaminar, "Evita tocar no paninho verde. Ele irá te proteger de qualquer contaminação. O.k.?".

Inacreditáveis 40 minutos depois, o Edmundo estava na minha frente reforçando as recomendações necessárias para uma recuperação excelente.

Eu nunca ouvir um médico perguntar: _ Te machuquei muito?

Caramba. Vou confessar que no dia que um outro profissional da área da sáude me fizer essa mesma pergunta, eu vou acreditar piamente que muitos fazem o que amam.

... Ainda devo relatar sobre a minha recuperação, a atenção dispensada e os potes de sorvetes.

Não perca o segundo episódio!

*Imagem reproduzida do google.com.

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