Dizem que peixe morre pela boca. E eu vou logo complementando: Eu também.
Homem que sabe cozinhar é um artigo de luxo, um espetáculo ao pôr do sol... A oitava maravilha que o mundo não quis evidenciar.
Descobri outro dia que tenho um amigo espertinho e chefe. Batata. Agora não quero outra vida a não ser questioná-lo sobre como preparar isso ou aquilo. E a folia está tão boa para o lado desse camarada que o universo feminino, da empresa que trabalho, resolveu propor um desafio ao mestre da culinária: Um almoço, com direito a escolher o dia da comilança e o cardápio.
Vá você leitora se iludindo que todo esse esforço é gratuito. Nada minha filha. Perguntei ao Pedro (batizo fictício) o que o levava a cozinha. Quero dizer a ocupar o espaço dos temperos e deixar as mãos com aroma de alho.
Pedrinho lindo e muso, do nosso território, logo informou:
_ Você cozinha por dois motivos. Ou para impressionar ou porque gosta.
Parou por ai? Para não. Segue desvendando os mistérios da investida.
_ Depois que cozinha e tal... Serve um vinho. A pessoa fica satisfeita e... E vai adiante.
Adiante neh? Estou viajante nessa proposta de seguir o caminho com a ajuda de um vinho. Quando pensei que o Pedro tinha exposto tudo. A surpresa.
_ Primeiro você nutre para depois extrair os nutrientes.
Ouço os suspiros. Os comentários: _É um delírio. _É uma inteligência. _Um pitel.
Fazer panquecas, risoto de camarão. Capeletti? Pensa o que? Não é tarefa para qualquer barbado não! É categoria. É desprendimento e muito interesse. O sucesso alcançado por esses moços é tanto que a maior prova é que estão encoleirados (#quecosatriste!).
Hoje o papo foi sucinto. Amanhã? Amanhã tem muito mais. E para os desprovidos dessa técnica mando o recado de beira de esquina.
Meninos não sabem fazer nenhuma iguaria? Só lamento.
*Imagem reproduzida do google.com
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