Paz Mundial: Educação Sentimental + Orgasmo

quarta-feira, 2 de março de 2011
"Educação sentimental é mais importante do que a profissional".

A frase acima é do então compositor, cantor, ator, jornalista. E diria filósofo. Isso mesmo. Dono de definições peculiares e que emitem o bip das emoções. Leo Jaime é o camarada que nos põe para pensar quando o coração insiste em seguir as próprias regras. As compulsivas vontades. 

O colega de profissão ainda é mais sensato quando avisa que música e humor se somam de forma bastante proveitosa ao amor e ao sexo. Quer ler outra sacada de mestre?

"Quanto mais orgasmos no mundo, menos guerra. Devíamos transar mais, pela paz mundial".

Frente à essas duas colocações, declaro o que vim fazer por aqui. Pretendo compartilhar com vocês como visualizo o comportamento acerca dos princípios básicos, práticos e eficazes num par. Entenda por par: casal, namorados, amantes, enrolados, apaixonadinhos, ficantes, lero-leros...

E contextualizo a observação com um fato do meu dia-a-dia.

O término do expediente é o momento exclusivo para trocar dicas e ideias com os colegas da empresa, em especial com uma senhorita descolada e autêntica. Lene. Íntegra e honesta como ela mesmo costuma se definir perante ao marido.

_ "Sou direta. No dia que ele faltar com sinceridade comigo... O esqueço. Porque eu não sei ser desleal. E outra! Fingir tesão, não rola. Quero ser conquistada e desejada todo dia".

Deu na cara, na boca do estômago, nos rins. Eu sei que deu a famosa bifa (tapa) para doer em qualquer homem que não se comporte a altura de uma mulher tão decidida e comprometida com o relacionamento amoroso que se propôs.

Tenho me questionado a onde se escondeu a educação sentimental (se é que ela existe e todos a conhecem), o respeito pelo que o outro carrega dentro do peito... As interrogações tem se multiplicado e gerado uma enorme confusão diplomática. A diplomacia a que me refiro se aplica a arte de conduzir relações que não incluem qualquer pacote de sentimentos vivídos e ternos. Só os silenciosos, ingratos e momentâneos. Sem exatamente cumprir a tarefa de externar, declarar guerra ou paz ao coração alheio. 

E assim, me encontro com a segunda pontuação de Jaime. Guerra, orgasmo, paz, mundo... Tudo simplificado pela palavrinha educação no eixo amor-paixão-ilusão.

Nunca fui boa nessa coisa de engolir lagartos ou de servir de suporte emocional para ninguém, mas de uma outra coisa eu tenho plena certeza: Nunca. Absolutamente nunca usei do desejo de ninguém sem que esse fosse correspondido.

E volto a usar de um ensejo para comentar e angariar defensores para a causa proposta pelo Leo Jaime e acatada tão prontamente por mim.

O trâmite do processo é: Deixe-se conquistar. Muito embora permita conquistar alguém. O outro lado. E depois é só colher os frutos. Resta saber se saborosos ou não. O que custa tentar? Perder a oportunidade? Deixar escapar um projeto de história sem ao menos ter investido?

Foi com essas interjeições que um professor de empreendedorismo enfatizou a importância de definir o público-alvo e sempre compreender que somos capazes quando não perdemos tempo, não  nos camuflamos e não abrimos espaço para a concorrência. Mesmo quando o vizinho faz aquela ameaça ordinária ou  não desiste da marcação serrada... É... Você precisará usar da educação sentimental para se safar dessa e de outras. Evitar também é uma boa estratégia.

Em suma. O que cargas d'água eu quis dizer aos meus leitores?

Só passei para diagnosticar que não existe vantagem alguma em se fazer de difícil, de indiferente, inerte, frígido, frouxo... Firme e forte. Porque se até plano de saúde tem carência, avalie um coração desatendido?  Um corpo neutralizado pela falta de prazer sexual?

Se rejeita - curte - planeja - deprecia: Informa.

Só não vale se fingir de morto e ressuscitar quando houver tempo. Ninguém perde tempo ao noticiar que é hora de melhorar ou de dar tchau. 
E digo mais. Orgasmo e educação combinam. Formam um par perfeito, anti-guerra.


Um comentário:

Flávia Sofia disse...

Andreza, o orgasmo é anti-guerra, definitivamente. Já cantava o movimento Flower Power lá na segunda metade dos anos 60, quando jovens expuseram ao ridículo a falta de noção da Guerra do Vietnã.
Agora a Guerra é outra (pelo menos por aqui), as reinvidicações são outras, mas a fórmula é a mesma.
Parabéns pelo texto!

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