Frustados!

quarta-feira, 25 de junho de 2014
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Acredito que um dos males da humanidade é a frustração. E aqueles que não concordarem subam a escadaria do Bomfim de joelhos. Não estou nem um pouco interessada em discutir sobre essa minha crença. Opinião é o que tenho para hoje, sem essa de pegar leve, de enviar recado. Vai ser bem direto. Algo objetivo, sabe? Até porque, as pessoas que se dizem donas da verdade não têm o meu respeito. Então não visualizo motivos para dar a vez, permitir réplicas.

Quando alguém toma para si um discurso é fato que o defenderá com unhas, dentes e frases de efeito. Mas, por favor, insira uma boa dose de argumentos, provas, moral e ética.

É. Eu também sou inteligente e escrevo sobre assuntos sérios. Sim, me acho inteligente!

De volta ao tema da publicação, traço uma observação particular sobre os acometidos por esse bloqueio. Antecipo aos que desconhecem minha formação, sou jornalista, e nas horas vagas ouvinte dos corações cortados, flechados, inquietos e estáveis. Qualquer história me rende, me toma e preenche meu hemisfério cerebral direito. Então, aos que não estiverem dispostos a degustar minha defesa sustentada pela liberdade de expressão, sugiro: Catem as fichas apostadas e rumem para outro blog mais fofo. Ao contrário, o convite feito. Fiquem! Valerá a pena!

Emitir opinião é tarefa que exige responsabilidade, conhecimento/conteúdo e honestidade. E esses três itens não compõem a formação de quem de alguma forma foi investido pela frustração. Os malsucedidos não dominam a arte de só abrir a boca quando convocados e tão pouco de se manterem distantes das próprias experiências. É um universo particular que cumpre o papel apenas e só de doar ao outro a sensação de dúvida. É quase que uma obstinação.

Não que as nossas vivencias não auxiliem o outro a olhar o mundo de forma mais cuidadosa. Não. A capacidade de falar com o outro não cabe apenas a face ruim dos acontecimentos. Sim, é preciso separar o joio do trigo, filtrar, apresentar a dor. Cantar caminhos e possibilidades não é nenhum absurdo. O que não compreendo é porque não pode existir beleza, certeza. Porque a felicidade compõe um espaço tão arriscado e que não merece um pouco de loucura. Eu sinceramente cumprirei os meus 100 anos de vida (metas, tenho metas - risos) com essa mesma visão.

E agora vamos ao que todos esperam! Uma situação real.

Certo dia, numa condição de, digamos, diversão, um ser, humano por se assemelhar apenas fisiológica e fisicamente a nós, grunhiu um punhado de palavras dispensáveis.

“Gata se eu fosse você não fazia essa troca. É o certo pelo duvidoso. Não tá vendo que é treta? Olha a estirpe da criatura!”.

Só faltou dizer que o cidadão lançaria um par de quinhentas ali, publicamente. Isso porque o protagonista da narrativa era alguém que vinha de forma despercebida mexendo com as entranhas amorosas da Lulu 01 (proprietária da fala acima). Mais meia dúzia de acusações e foi possível notar no olhar da Lulu 02 (a apaixonadinha) uma pitada de receio.

Tudo o que a Lulu 01 queria!

Externa a conversa, fisguei a estratégia. Era uma aposta alta para um caminho livre, mas gente sem caráter tem dessas artimanhas. Esgotar qualidades, atribuir defeitos e má impressão, correlacionar situações. É assim que pessoas sem escrúpulos (nesse caso alguém que se diz amigo) partem para a batalha.

Conhecer o outro é desnecessário, jogar sujo é valido. Conspirar contra é permitido. Fiquei indignada com o comportamento limitado, acorrentado às próprias suposições e insucessos. O fracasso sofrido pela 01 levou-a dizer aquilo que surtiria propositalmente algum tipo de desconfiança ou um mísero efeito negativo. Bobinha. Nem imaginou que a caça é bem relacionada e logo tomou nota do péssimo portfólio, difamatório, montado por ela.

Respeito é que nem a refeição do meio dia. Faz uma diferença tremenda em nossas vidas, mas sempre vai ter quem prefira um lanche, na doce ilusão que o corpo não se manifestará em algum momento. Assim, os frustrados cumprem sua sina sem nem vislumbrar que fácil fácil serão desmascarados e postos de escanteio.

Resumo clássico do episódio?

 O mais trágico, ou divertido (aqui você escolhe a sensação). A perda. Sem ‘nêgo’ nem ‘zamiga’!

Falsos Admiradores!

quarta-feira, 18 de junho de 2014
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Recadinho as Lulus:
 
Esse papo que ele te admira é ba-le-la!
 
A titia aqui vai repetir o aviso: É blefe!
 
No cardápio de hoje: A inteligência masculina de jogar ao vento votos de admiração e promessas utópicas. A dica é voltada a ala das Lulus solteiras, em campo. Já aquelas que comem 'amarradas' a solução pede uma análise mais profunda, portanto, outra publicação.
 
Assim, vamos ao tutorial básico do dia!
 
1) Nada de dar ouvidos a frases prontas, aos clichês. Moleque vem e te enche de falácias. Utiliza-se de um dicionário vagabundo com pérolas do tipo 'você é a mulher da minha vida'. Filha não creia! No mínimo você é a mulher (na vida dele) eleita para ocupar a vaga de trouxa. Sinônimo de perfeição para esses cuecas é domesticação/escravismo.
 
2) Ilusão besta é levar em consideração promessas. Entendam por promessas tudo que é dito como algo a ser executado em benefício nosso, não deles. Vacinem-se também contra aquilo posto em prol do casal. Geralmente, esse papo dá má digestão. Precisam de exemplo? 'Te farei a mulher mais feliz do mundo', 'só terei olhos para você', 'não permitirei que voltem a te fazer sofrer'...
 
3) Avalie com frieza as ações e atitudes elencados por eles como defeitos. Um discurso bem escrito e pronunciado afeta a compreensão de qualquer Lulu portadora de 'paixonite'. Atinge fatalmente os sentidos, estimula a criatividade e ao final... Restam das expectativas alguns porres (no meu caso) e as mais frágeis, algumas lágrimas e pesadelos.
 
4) Mistificação de comportamentos. Tarefa operacionalizada com bastante disposição pelos sungas. É um tal de 'isso é bonito', 'aquilo pega bem', 'você iria gostar se fosse com você'. É uma lavagem cerebral de primeiro mundo. Diria que é uma forma camuflada a base de carinho de dizer que você vai se ferrar, pois terá que cumprir um manual de sobrevivência pré-relacionamento. Algo como uma adequação as necessidades e preconceito de mulher.
 
5) Não é teu aniversário, mas você recebeu presentinho! Que burra! Já estava com os dentes à fresca hein? Não estampe um sorriso largo, as datas vindouras constarão no calendário dele por um curto prazo. Após o período de conquista cairão por terra a memória e situação financeira do infeliz. Vai ser um tal de 'sou péssimo de data' e 'estou tão apertado'. Nem afrouxando o cinto do dito cujo e fazendo um agrado esse discurso mudará.
 
Tutorial lido com a devida atenção, fecho as instruções com um alerta:
 
Quem te admira não despreza seus sentimentos na primeira oportunidade e nem os usa de forma conveniente. Quem te olha de verdade não banca o egoísta e chuta o balde por se dizer fraco. Quem te diz devotar amor não verbaliza mentiras... Quem... Quem... Quem... Quem quer que seja que tenha um apreço por você jamais te dirá que não é merecedor dos seus cuidados. Isso é papel de quem não te quer para uma vida, te quer sim, para um, dois, quatro, seis usos.
 
Admiração é a embriaguez emocional que não permite abandonos, fugas. Porque contemplar exige presença. Não permite distância e só assola quem tem generosidade nas intenções.
 
 
 

Homem Romântico

terça-feira, 10 de junho de 2014
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Seguindo a linha de qualificação dos moços, tal qual Homem Varal, apresento outro perfil. Aproveito para afirmar que a qualquer hora dessa anuncio que estou de romance. E a que se deve isso?
As diversas investidas que venho presenciando e claro, as que são lançadas a mim. Uma hora a casa cai (risos). E pasmem Lulus! Ainda paira pelo ar algum tipo ou resquício de romantismo.
 
É bem divertido, atrapalhado. É verdade que não sabe de fato o que esses 'fofos' desejam escrever ou como pretendem ser interpretados. Mas existe intenção, ainda que com repetidas e angustiantes abordagens, no bom sentido da investida. Se é que se tem bom sentido quando o assunto em evidência é ânsia, espera, inquietude.
Deve existir. Eu acredito!
 
Ou... Fernando Pessoa andou mentindo... Snif!
 
Pessoa é alguém que o meu apreço se estende como tapete vermelho. Pessoa me fala tão bem daqueles que se propõem a escrita, me deixa tão e mais alegre que o trivial quando diz em seu poema, que considero um arremate, Autopsicografia, que 'e os que leem o que escreve, na dor lida sentem bem'. Ahhh... Pessoa! Você sempre a dizer o mágico!
 
E voltemos àquilo que cabe nesse texto: O romantismo moderno do homem moderno. O romantismo moderno do homem. O romantismo do homem moderno.
 
Deu nó? Deu neh? Imaginei!
 
São três víeis inteligentes, são três pontos de partida que cabem tudo que o romantismo desse, de um outro Fernando (Sabino) e um de Jorge Amado se deleitaram ao registrar.
 

"... A certeza de que estamos começando... A certeza de que é preciso continuar... A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar... "(Fernando Sabino).

"A poesia não está nos versos, por vezes ela está no coração. E é tamanha. A ponto de não caber nas palavras.". (Jorge Amado).



Em algum lugar percebo uma luz ao fundo, entre aqueles que escondem o jogo, os que figuram os brutos, por outros à espera de uma merecedora e os que num misto de malandragem e dom enchem nossos olhos pelo cuidado e agrado.